Exploração Infantil

            Os maus tratos podem classificar-se em diversos tipos: mau trato físico, negligência, abuso sexual, mau trato psicológico. O mau trato físico é o mais frequentemente diagnosticado nas instituições de saúde. A negligência consiste na incapacidade de proporcionar à criança a satisfação das suas necessidades de cuidados básicos de higiene, alimentação, afecto e saúde, indispensáveis ao seu crescimento e desenvolvimento normais. É uma forma muito frequente de mau trato, insidiosa e de graves repercussões para a criança, nomeadamente o risco de morte, acidentes, atraso de crescimento e desenvolvimento e alterações de comportamento. Quanto ao abuso sexual, este, talvez seja o mau trato mais traumatizante para a criança. A incapacidade dos pais em proporcionar à criança um ambiente de tranquilidade, bem-estar emocional e afectivo, indispensável ao crescimento, desenvolvimento e comportamento adequados, também é considerada um mau trato psicológico.

 

 

 

 

                Os principais factores de risco nos pais são: antecedentes de maus tratos na sua própria infância, características de personalidade imatura e impulsiva, maior vulnerabilidade ao stress, mudanças frequentes de companheiros e de residência, antecedentes de criminalidade e hábitos de alcoolismo ou toxicodependência. São consideradas crianças de risco: as que são filhas de mães muito jovens, solteiras ou sós, de gravidez não desejada, as que não correspondem às expectativas dos pais, as crianças portadoras de alguma deficiência ou doença crónica. Todos estes factores de risco dos pais e das crianças combinados com situações de crise, como por exemplo, desemprego, dificuldades económicas, divórcio dos pais, depressão de um elemento da família, poderão contribuir para o aparecimento de maus tratos.

 

                As crianças são muito frágeis, indefesas e dependentes, o que as torna bastante vulneráveis à violência, ao abuso e à exploração.

                Mais de 200 milhões de crianças continuam a ser forçadas a trabalhar diariamente no Mundo, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), salientando que três em cada quatro desses menores estão expostos às piores formas de exploração laboral – tráfico humano, conflitos armados, escravatura, exploração sexual e trabalhos de risco, entre outros-, actividades que “prejudicam de forma irreversível o seu desenvolvimentos físico, psicológico e emocional”.

 

                Em Portugal a exploração infantil encontra-se maioritariamente na agricultura e no mundo artístico, sendo que muitas destas crianças se encontram na escola. Não será também um dever da comunidade escolar estar atenta a estes casos?

                Assiste-se também a crianças forçadas a pedir esmola nas ruas, dinheiro que irá para o agressor. A exploração infantil tem de acabar! E deve começar em cada um de nós que, constantemente assistimos nas ruas a casos como este. Devemos então alertar as entidades competentes para pôr termo a esta situação.