«O voluntariado enobrece os homens...»
Thomas Jefferson
Várias organizações nacionais e internacionais promovem o voluntariado, trabalhando em áreas tão diversas como o apoio social, a defesa do património e do ambiente.
Em Portugal, a Secretaria de Estado da Juventude, através do Instituto Português da Juventude, é uma das entidades que apoia o voluntariado, sobretudo nos jovens. O I.P.J. tem vindo a desenvolver uma série de programas ao nível do voluntariado jovem. São exemplo disso os Jovens Voluntários para a Solidariedade, o Serviço Voluntário Europeu, os programas Todos Diferentes, Todos Iguais, Lusíadas e Xanana Gusmão.
O Programa do XIII Governo Constitucional, bem como os decretos relativos ao voluntariado jovem para a solidariedade e para a cooperação, visam um apoio e uma regulamentação desta temática, que pretende fomentar o intercâmbio cultural e a promoção da cooperação com jovens de outros países.
Existe também, uma Bolsa do Voluntário, que tem o objectivo de servir de ponto de encontro entre a procura e oferta de trabalho voluntário. Visa permitir articular a necessidade de trabalho voluntário das instituições e organizações por área de actividade com disponibilidade para prestar por parte de pessoas e entidades.
Trata-se de um projecto inovador que fomenta o exercício da Cidadania e da Responsabilidade Social. Como funciona a Bolsa do Voluntário:
Os voluntários que querem colaborar, registam-se na página Voluntário.
As organizações que pretendem receber trabalho voluntário ou produtos, registam-se na página Organizações.
Os voluntários que procuram uma instituição onde colaborar vão á página Pesquisa de Oportunidades de Voluntariado ou Pesquisa de Organizações.
Os voluntários que procuram Organizações a actuar fora de Portugal vão a Oportunidades de Voluntariado Internacional.
As instituições que procuram voluntários vão á página Pesquisa de Voluntários.
O Banco Alimentar é também um local onde se realiza o trabalho voluntário:
O primeiro Banco Alimentar Contra a Fome foi aberto nos EUA em Phoenix (Arizona) em 1966. A ideia foi trazida para a Europa em 1984 e para Portugal em 1992 com a abertura do Banco Alimentar Contra a Fome em Lisboa. Depois disso foram abertos muitos outros Bancos Alimentares em Portugal que são instituições não governamentais, apolíticas e não confessionais.
Os Bancos Alimentares são Instituições Particulares de Solidariedade Social que lutam contra o desperdício de produtos alimentares encaminhando-os para distribuição gratuita às pessoas carenciadas. Distribuem várias dezenas de milhares de toneladas de produtos e apoiam ao longo de todo o ano a acção de mais de 1.400 instituições em Portugal. Por sua vez, estas distribuem refeições confeccionadas e cabazes de alimentos a pessoas comprovadamente carenciadas, abrangendo já a distribuição total mais de 216.000 pessoas.
Os Bancos Alimentares Contra a Fome são uma resposta necessária mas provisória porque "toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente que lhe assegure e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda aos serviços sociais necessários" (Excerto do artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos do Homem).
A acção dos Bancos Alimentares assenta na gratuidade, na dádiva, na partilha, no voluntariado e no mecenato e tem o objectivo de aproveitar onde sobra para distribuir onde falta.
O Banco Alimentar recebe toda a qualidade de géneros alimentares, ofertas de empresas e particulares, em muitos casos excedentes de produção da indústria agro-alimentar, excedentes agrícolas e da grande distribuição, e ainda produtos de intervenção da União Europeia. Acrescentam-se também os produtos oferecidos por particulares nas campanhas de recolha efectuadas nas superfícies comerciais.
As pessoas são uma mais valia, pois, neste momento, os Bancos Alimentares são compostos por muitos voluntários e alguns poucos assalariados que, todos os dias, contribuem de forma preciosa para o bom funcionamento de todo este processo.
