Racismo e Xenofobia

 

 

O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de carácter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros.

 

 

O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas, onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial.

 

 

A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.   

 

 

Os racistas definem uma raça como sendo um grupo de pessoas que têm a mesma ascendência. Diferenciam as raças com base em características físicas como a cor de pele e o aspecto do cabelo. Investigações recentes provam que a “raça” é um conceito inventado.

 

 

A noção de “raça” não possui qualquer fundamento biológico. A palavra “racismo” é igualmente usada para descrever um comportamento abusivo ou agressivo para com os membros de uma “raça inferior”.

 

 

O racismo reveste-se de várias formas nos diversos países, consoante a sua história, cultura e outros factores sociais. Uma forma relativamente recente de racismo, por vezes denominada “diferenciação étnica ou cultural”, defende que todas as raças e culturas são iguais, mas não se deviam misturar, de maneira a conservar a sua originalidade. Não há nenhuma prova científica da existência de raças diferentes. A biologia só identificou uma raça: a raça humana.

 

 

A importância que o homem dá à cor da pele do seu semelhante, é deveras preocupante. Na realidade, em muitos casos a diferença da cor da pele é uma barreira muito mais determinante para a comunicação entre as pessoas do que a própria diferença linguística, isto pode ser considerado um fenómeno  anti-natura, uma vez que não vemos na natureza os animais minimamente preocupados com as diferenças de pelagem ou penas.

 

 

A diferença de cor entre as pessoas tem uma explicação científica para a qual o homem não contribui minimamente: a maior ou menor concentração de melanina da pele, que torna a pele da pessoa mais o menos escura.

 

 

 

           A xenofobia quer dizer aversão a outras raças e culturas. Muitas vezes é característica de um nacionalismo excessivo.

 

 

A xenofobia é um medo intensivo, descontrolado e desmedido em relação a pessoas ou grupos diferentes, com as quais nós habitualmente não contactamos.

 

 

Por discriminação racial entende-se qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência em função da raça, origem, cor ou etnia, que tenha por objectivo ou produza como resultado a anulação ou restrição do reconhecimento, fruição ou exercício, em condições de igualdade, de direitos, liberdades e garantias ou de direitos económicos, sociais e culturais.

 

 

Uma das formas de descriminação racial é a intolerância, ou seja, a falta de respeito pelas práticas e convicções do outro. Aparece quando alguém se recusa a deixar outras pessoas agirem de maneira diferente e terem opiniões diferentes.

 

 

A intolerância pode conduzir ao tratamento injusto de certas pessoas em relação ás suas convicções religiosas, sexualidade ou mesmo à sua maneira de vestir. Está na base do racismo, do anti-semitismo, da xenofobia e da discriminação em geral. Frequentemente, pode conduzir à violência.

 

 

Contudo, existem formas de combate à discriminação racial.

 

 

 

MEIOS JURIDICOS DE COMBATE AO RACISMO E A XENOFOBIA

 

 

Legislação que proíbe as descriminações no exercício de direitos, por motivos baseados na raça, cor nacionalidade ou origem étnica: Lei nº 134/99, de 28 de Agosto; Decreto-Lei nº 111/2000, de 4 de Julho.

 

 

A igualdade é a característica do que é igual. O que significa que nenhuma pessoa é mais importante que outra, quaisquer que sejam os seus pais e a sua condição social. Naturalmente, as pessoas não têm os mesmos interesses e as mesmas capacidades, nem estilos de vida idênticos. Consequentemente, a igualdade entre as pessoas significa que todos têm os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. No domínio da educação e do trabalho, devem dispor de oportunidades iguais, apenas dependentes dos seus esforços. A igualdade só se tornará uma realidade quando todos tiverem, em termos idênticos, acesso ao alojamento, à segurança social, aos direitos cívicos e à cidadania.

 

 

O interculturalismo consiste em pensar que nós enriquecemos através do conhecimento de outras culturas e dos contactos que temos com elas e que desenvolvemos a nossa personalidade ao encontrá-las. As pessoas diferentes deveriam poder viver juntas apesar da sua diferença cultural. O interculturalismo é a aceitação e o respeito pelas diferenças.

 

 

 

É preciso...

 

 

A atitude perante o "outro" depende em larga medida de uma sobreposição, por vezes contraditória, de identidades, influências e lealdades, cuja interacção resulta numa disposição particular para a cooperação transnacional.

 

 

De forma a podermos combater os impulsos conflituosos que derivam de todo este contexto, é preciso encontrar o que Talcot Parsons chama de "core system of shared meaning".

 

 

É preciso, nacional e internacionalmente, promover um relacionamento institucional, económico, político, social e inter-pessoal coerente.

 

 

Esta coerência passa pelo reforço da interculturalidade. E esta assenta no conhecimento do "outro", daí a sua importância fundamental no combate ao racismo e à xenofobia, que assentam em preconceitos resultantes do desconhecimento ou conhecimento deturpado.

 

 

A interculturalidade é uma batalha a ganhar gradualmente e vários são os campos onde podem ser levadas a cabo acções decisivas.

 

 

A Educação é, sem dúvida, uma das áreas onde numerosas vitórias podem ser conseguidas. Não é, na verdade, uma tarefa fácil mas é certamente uma das vias a seguir, dada a sua influência estrutural na preparação dos cidadãos de amanhã.

 

 

SEJA-MOS TODOS 100% A FAVOR DA IGUALDADE, NÃO À DISCRIMINAÇÃO!

 

 

 

Usando a expressão da jornalista Isabel Stillwell sobre o racismo: "Há racistas empedernidos, há racistas assumidos, há racistas politicamente correctos, há racistas que quase o não são, mas provavelmente todos somos racistas”.

 

 

A cor é apenas o sinal mais evidente da diferença, porque o nosso racismo na verdade é contra aquele que não é como nós – preto, branco, mais alto, mais baixo.

 

 

Na verdade, o racismo não tem fronteiras e existe até dentro da mesma raça (e, aqui, é bom distinguir "raça" de etnia ou nacionalidade).

 

Por isso, pensem na forma como por vezes distinguem as pessoas, só pelo seu aspecto!

 

 

Até que ponto pode ser a nossa sociedade feita de olhares?!

 

 

 

 

Porque é que as pessoas obedecem a um segmento mal constituído de preconceitos que resultam em injustiças, e que são baseados unicamente nas aparências?

 

 

Para quê viver a discriminar as pessoas só pela cor da pele?

 

 

 

Os seres humanos no passado reuniam-se em grupos que eram pessoas que tinham as mesmas afinidades de sangue. Eram os clãs. Já que o alimento era raro, existiam rivalidades entre esses grupos. Uns rejeitavam os outros e viviam em guerra quase permanente. Aos poucos esses grupos foram formando associações para juntarem forças para combater outros inimigos externos, mais poderosos. Assim formaram-se as primeiras nações. Da mesma forma eles continuaram a rejeitar os que eram diferentes, que tinham outra cor, outros costumes e línguas. Apesar de vivermos hoje numa aldeia global, onde as pessoas migram e visitam lugares distantes, onde os costumes se misturam, muitas pessoas ainda conservam esse velho rancor e desconfiança com relação às pessoas que são diferentes. Aos poucos isso vai desaparecendo, na medida em que nós vamos percebendo que todo ser humano é igual, não havendo justificação para o racismo!

 

 

 

Esta imagem mostra-nos que a imprensa pública artigos que falam no racismo e a forma como muitas pessoas são tratadas na nossa dura e cruel sociedade! Mas limita-se apenas a publicá-los, não fazendo nenhum apelo para que tudo isto termine e para que as pessoas não sejam tão discriminadas...Esta folha de jornal baseia-se sobretudo na discriminação feita a prostitutas e pessoas de cor.

 

 

Será que a imprensa poderia ajudar na diminuição do racismo?

 

 Nós pensamos que sim, porque divulgaria melhor a forma como as pessoas são rejeitadas pela sociedade! Mas infelizmente a imprensa limita-se só a publicar as notícias e não alagam este tipo de assuntos porque ao que parece a nossa sociedade não se importa... Os meios de comunicação poderiam ajudar mas preferem fechar os olhos a esta realidade...

 

 

 

 

 

Esta imagem pode ser comparada com a nossa sociedade actual em que as pessoas se dividem não só em ideias distintas mas também em grupos...

 

 Cada vez mais assistimos a este tipo de discriminação onde as pessoas de cor são postas de parte tal como neste tabuleiro de xadrez, em que as peças brancas estão perto das da sua cor e as peças pretas estão perto das pretas... Ou seja elas não se misturam. Todos sabemos que isto é apenas um jogo mas que na maior parte das vezes se torna realidade!

 

 

 

NÃO PONHAM NINGUÉM DE PARTE SÓ POR SER DIFERENTE... POR VEZES A DIFERENÇA ATÉ PODE SER BOA, UMA VEZ QUE APRENDEMOS DIFERENTES CULTURAS E O MODO COMO ESTAS PODEM INTERAGIR E INFLUENCIAR A NOSSA VIDA E PRINCIPALMENTE O NOSSO DIA-A-DIA!

SINTAM A DIFERENÇA DE FORMA POSITIVA... E NÃO NEGATIVA!!!!!